(Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.)
Manuel AlegreArmed I am with love. Disarmed I am.
Manuel AlegreStichwörter: love poetry weapon vulnerability
-Para onde é que vai o Kurika quando morrer, perguntou-me certo dia a minha filha, depois de um dos ataques do cão.
-Para onde vamos todos nós.
-Mas para onde?
-Talvez o Kurika saiba. Eu não
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(Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em momentos assim que um homem precisa do seu cão.)
Manuel AlegreHouve um poeta que me disse que o mundo, tal como está, pode matar. Não vou deixar que isso aconteça, sei bem que tenho uns ferros no coração e que de repente posso começar a escorregar para dentro de mim mesmo. Então não se consegue parar. Foi isso mesmo que o Zeca Afonso disse no ouvido da mulher quando estava a morrer: Não consigo parar. Sei perfeitamente o que ele queria dizer. Mas não vou deixar que o mundo, tal como está, dê cabo de mim. Tenho as minhas canas de pesca e as minhas espingardas. É sempre possível ir aos robalos, dar uns tiros. Ou então pegar na caneta e vir para aqui falar contigo. Um cão nunca abandona o dono. Mesmo que não te veja sei que estás aí: é quanto me chega. As minhas armas e eu. O meu cão e eu.
Manuel AlegreStichwörter: morte animais cão
Nós não somos apenas feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos. Também somos o mistério que os sonhos são.
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