Estamos jogando um jogo infantil, eu me arrasto pela sombra, de uma árvore à outra, estamos em pleno caminho, você me chama, aponta-me os perigos, quer dar-me ânimo, desespera-se por ver meu passo vacilante, recorda-me (a mim!) a seriedade do jogo... não posso, desfaleço, já caí. Não posso ouvir ao mesmo tempo as vozes terríveis de meu interior e a sua, mas em troca posso ouvir apenas a sua e confiar em você, em você, como em ninguém mais no mundo.
Autor: Franz Kafka