- Estamos num mundo de mortos, Vasco. Mortos a que se deu corda e fingem de vivos até que a corda pare. Mas esvaziados,secos, decompostos por dentro. Que ao menos a carne viva. Será por isso que tantos procuram a festa dos sentidos?
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Esfalfado, chegou ao cimo da lomba o autocarroda madrugada, anunciando o burburinho da rua, os pregões, o frenesi do tráfego que estremecia na ossatura das casas, o despertar fatigado das pessoas, que iam renovar a vida com azedume (renovar, não: repetir um quotidiano robotizado), como se a vida fosse o pesado cumprimento de um dever.
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Os dias eram iguais, iguais os silêncios e as pessoas - o hábito, um certo desamor por si próprios, soterrara-os na indiferença.
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