As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos impossíveis. Têm o ar de quem pertence a si própria. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.
Miguel Esteves CardosoO mundo inteiro é muitas vezes muito pouco, para quem não está à procura de nada.
Miguel Esteves CardosoO que custa mais não é tanto lembrar - é não esquecer. O que é que se faz com o que nos fica na cabeça, quando já não há nada para fazer
Miguel Esteves CardosoPorque é que conseguimos foder quem não amamos? Não haverá aqui qualquer coisa de errado? Pensamos que o amor fica resguardado mas a verdade é que se vai fodendo à medida que se fode.
Miguel Esteves CardosoO amor é fodido, mas foder também." (Página 21 da edição da Porto Editora)
Miguel Esteves CardosoAs pessoas dizem time is money para apressar quem trabalha. A única maneira de comprar tempo é de precisar de menos dinheiro para viver, para poder passar menos tempo a ganhá-lo.
Miguel Esteves CardosoMots clés time
Os homens querem fugir - e fazem mal. As mulheres querem confiar - e fazem mal. É nesse desequilíbrio, igualado pelo facto de ambos os sexos se darem mal, que se encontra a grande electricidade que nos junta e dá pica e desconjunta.
A maior parte dos homens - sobretudo os mulherengos - morre sem saber o que é receber o que uma mulher pode dar. Uma mulher inteira - alma e tudo - pesa mais do que dois homens.
É mais profunda e, ao mesmo tempo, mais volúvel. Não tem a obsessão pela escolha e pela definição que têm os homens. É volátil. Quer voar. Quer evaporar-se. Quer sair dali para fora e ser outra coisa.
Mots clés mulheres as-mulheres-que-se-dão
Nunca houve nada como o amor para nos ajudar a ver o mal. O amor é o antídoto da cenoura.
Miguel Esteves CardosoMots clés amor mal antídoto cenoura miguel-esteves-cardoso o-amor-é-fudido
O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido.
É melhor do que morrer. Há coisas, como o álcool e os livros, que continuam boas. A morte é mais aborrecida.
Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo
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Quanto mais longe, mais perto me sinto de ti, como se os teus
passos estivessem aqui ao pé de mim e eu pudesse seguir-te e
falar-te e dizer-te quanto te amo e como te procuro, no meio de
uma destas ruas em que te vejo, zangado de saudade, no céu claro,
no dia frio. Devolve-me a minha vida e o meu tempo. Diz qualquer
coisa a este coração palerma que não sabe nada de nada, que julga
que andas aqui perto e chama sem parar por ti
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