(...)

e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca do mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão.

(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)

um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade

Auteur: Al Berto

(...)<br /><br />e nunca me disseram o nome daquele oceano<br />esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas<br />punha-me a olhar a risca do mar ao fundo da rua<br />assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar<br />se espantasse com a minha solidão.<br /><br />(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)<br /><br />um dia houve<br />que nunca mais avistei cidades crepusculares<br />e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta<br />inclino-me de novo para o pano deste século<br />recomeço a bordar ou a dormir<br />tanto faz<br />sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade - Al Berto


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