A cidade, efectivamente, sorri apenas àqueles que se aproximam dela e que deambulam pelas suas ruas; a esses, ela fala numa linguagem tranquilizadora e familiar, mas a alma de Paris só se revela de longe e do alto, e é no silêncio do céu que se escuta o imenso grito patético de orgulho e de fé que ela eleva na direcção das nuvens.
Julien GreenTag: paris
...quando me passeio por Passy parece-me que deambulo por dentro de mim mesmo e que tropeço incessantemente na minha infância.
Julien GreenA alma de uma grande cidade não se deixa apreender facilmente; é preciso, para se comunicar com ela, termo-nos aborrecido, termos de algum modo sofrido nos lugares que a circunscrevem.
Julien GreenBom ou mau, aquilo que sai da Paris é Paris, seja uma carta, um pedaço de pão, um par de sapatos ou um poema.
Julien GreenTag: paris
Il n'y a pas de hasard, il n'y a que des méchancetés du sort et ses perfidies, préparées de longue main, n'ont cette apparence fortuite que parce que les dessous nous en échappent.
Julien GreenOn ne sait jamais quand la vie va vous trahir ; inutile de compter sur le lendemain, ni même sur l'heure qui va suivre ; il n'y a de certain que la mort.
Julien GreenLa beauté est un prodige qu'un rien peut anéantir et qui ne devrait s'admirer que de loin, elle s'efface d'une manière aussi difficilement explicable que sa présence même et l'homme n'y porte jamais qu'une main sacrilège.
Julien GreenNotre vie est un livre qui s'écrit tout seul. Nous sommes des personnages de roman qui ne comprennent pas toujours bien ce que veut l'auteur.
Julien GreenBut nowadays my heart is empty and the boxwood has lost its magic scent; yes, absolutely and entirely. The creature that I was no longer exists. When I speak to her she does not understand me; I think of her, already, as of some one I have known but who no longer has any connection with myself.
This sort of death of part of oneself strikes terror into my heart.
Life presents itself to me as a progressive series of annihilations, until in time one arrives at the general destruction of all memory and the barren slumber of one's conscience.
I enter the world called real as one enters a mist. Our life is a book that writes itself and whose principal themes sometimes escape us. We are like characters in a novel who do not always understand what the author wants of them. I don't want to go on playing in a world where everyone cheats. Where everyone cheats - not only men and women, but sometimes even God.
Julien GreenTag: on-life
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