Pela primeira vez, Mattia envergonhou-se de aos vinte e dois anos de idade ainda não ter carta de condução. Era outra das coisas que havia deixado para trás, outro passo óbvio na vida de um rapaz que ele escolhera não dar, para se manter o mais possível fora da engrenagem da vida. Como comer pipocas no cinema, como sentar-se nas costas de um banco, como não respeitar a hora de entrada em casa imposta pelos pais, como jogar futebol com uma bola de estanho enrolada ou estar de pé, nu, em frente a uma rapariga. Pensou que a partir daquele dia tudo seria diferente. Decidiu que ia tirar a carta de condução o mais depressa possível. Fá-lo-ia por ela, para a levar a passear. Porque tinha medo de o admitir, mas quando estava com ela parecia que valia a pena fazer todas as coisas normais que as pessoas normais fazem.

Autore: Paolo Giordano

Pela primeira vez, Mattia envergonhou-se de aos vinte e dois anos de idade ainda não ter carta de condução. Era outra das coisas que havia deixado para trás, outro passo óbvio na vida de um rapaz que ele escolhera não dar, para se manter o mais possível fora da engrenagem da vida. Como comer pipocas no cinema, como sentar-se nas costas de um banco, como não respeitar a hora de entrada em casa imposta pelos pais, como jogar futebol com uma bola de estanho enrolada ou estar de pé, nu, em frente a uma rapariga. Pensou que a partir daquele dia tudo seria diferente. Decidiu que ia tirar a carta de condução o mais depressa possível. Fá-lo-ia por ela, para a levar a passear. Porque tinha medo de o admitir, mas quando estava com ela parecia que valia a pena fazer todas as coisas normais que as pessoas normais fazem. - Paolo Giordano




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