Eu cataclismo eu mesmo. Arrancando pelos olhos o coração pulsante do mundo.
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Eu me fui e nada restou.
Filipe RussoEntre lágrimas e à beira do abismo eu toco a tessitura tectônica do que existe.
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Canto uma cadeia de montanhas em erupção.
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Eu me senti tão sozinho no mundo a ponto de esculpir em mim meu equivalente.
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A guerra civil das consciências irrompeu na calada da noite sobre as cinzas do original em ritmo cataclísmico.
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Não evito me partir, pois não só vou como quero ir ao encontro da realidade.
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Eu te reclamo, te clamo, te amo:
― Caro jovem adulto, está na hora de abrires os olhos para o mundo.
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Só você me amou à primeira leitura e eu? A pornografei.
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De beleza estoica e estática a beleza poética e fluída eu escrevo um tecido holográfico.
Filipe RussoTags: beleza escrever tecido tecido-holográfico
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