To that point, he had always found the vicomtesse overflowing with friendly politeness, that sweet-flowing grace conferred by an aristocratic education, and which is never truly there unless it comes, automatically and unthinkingly, straight from the heart.
[...]
For anyone who had learned the social code, and Rastignac had absorbed it all in a flash, these words, that gesture, that look, that inflection in her voice, summed up all there was to know about the nature and the ways of men and women of her class. He was vividly aware of the iron hand underneath the velvet glove; the personality, and especially the self-centeredness, under the polished manners; the plain hard wood, under all the varnish. [...] Eugène had been entirely too quick to take this woman's word for her own kindness. Like all those who cannot help themselves, he had signed on the dotted line, accepting the delightful contract binding both benefactor and recipient, the very first clause of which makes clear that, as between noble souls, perfect equality must be forever maintained. Beneficience, which ties people together, is a heavenly passion, but a thoroughly misunderstood one, and quite as scarce as true love. Both stem from the lavish nature of great souls.
Tags: kindness people hypocrisy character personality ties kind beneficience
Was she acting entirely consciously? No: women are always sincere, even in the midst of their most shocking duplicities, because it is always some natural emotion which dominates them. Perhaps, having given this young man such a hold on her, by having openly demonstrated her affection for him, Delphine was merely responding to a sense of personal dignity, which led her either to revoke any concessions she might have made or, at least, to enjoy suspending them. Even at the very moment when passion seizes her, it is perfectly natural for a Parisian woman to delay her final fall, as a way of testing the heart of the man into whose hands she is about to deliver herself and her future!
Honoré de BalzacTags: future love passion heart sincerity pretend dignity test duplicities
If you decide to join up with me, I want it to be because you're making a rational choice, not because you've been pushed by passion or despair.
Honoré de BalzacI haven't any objection to your thoroughly despising me, right now, because I'm convinced you'll come to love me. You'll find I have some tremendous abysses, some huge, focused emotions that fools think of as vices, but you'll never find me lazy, and you'll never find me ungrateful. In a word, I'm neither a pawn nor a bishop, my young friend, but a castle.
Honoré de BalzacMany people claim coffee inspires them, but, as everybody knows, coffee only makes boring people even more boring.
Honoré de BalzacTags: inspiration humour coffee
She was white like the sands, tawny like the sands, solitary and burning like the sands.
Honoré de BalzacTags: passion-in-the-desert
Généralement il exprimait ses idées par de petites phrases sentencieuses et dites d'une voix douce. Depuis la Révolution, époque à laquelle il attira les regards, le bonhomme bégayait d'une manière fatigante aussitôt qu'il avait à discourir longuement ou à soutenir une discussion. Ce bredouillement, l'incohérence de ses paroles, le flux de mots où il noyait sa pensée, son manque apparent de logique attribués à un défaut d'éducation étaient affectés et seront suffisamment expliqués par quelques événements de cette histoire. D'ailleurs, quatre phrases exactes autant que des formules algébriques lui servaient habituellement à embrasser, à résoudre toutes les difficultés de la vie et du commerce : Je ne sais pas, je ne puis pas, je ne veux pas, nous venons cela. Il ne disait jamais ni oui ni non, et n'écrivait point. Lui parlait-on ? il écoutait froidement, se tenait le menton dans la main droite en appuyant son coude droit sur le revers de la main gauche, et se formait en toute affaire des opinions desquelles il ne revenait point. Il méditait longuement les moindres marchés. Quand, après une savante conversation, son adversaire lui avait livré le secret de ses prétentions en croyant le tenir, il lui répondait : - Je ne puis rien conclure sans avoir consulté ma femme.
Honoré de BalzacTags: character-description
Il existe je ne sais quoi de grand et d’épouvantable dans le suicide. Les chutes d’une multitude de gens sont sans danger, comme celles des enfants qui tombent de trop bas pour se blesser; mais quand un grand homme se brise, il doit venir de bien haut, s’être élevé jusqu’aux cieux, avoir entrevu quelque paradis inaccessible. Implacables doivent être les ouragans qui le forcent à demander la paix de l’âme à la bouche d’un pistolet… Chaque suicide est un poème sublime de mélancolie.
Honoré de BalzacUma mulher de trinta anos possui atrativos irresistíveis para um rapaz; nada há mais natural, mais poderosamente urdido e melhor preestabelecido que as afeições profundas de que a sociedade nos oferece tantos exemplos entre uma mulher como a marquesa e um jovem como Carlos de Vandenesse.De fato, uma jovem tem demasiadas ilusões, demasiada inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor, para que um homem possa sentir-se lisonjeado, enquanto uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem que fazer. Uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas às do amor; a outra obedece a um sentimento consciencioso. Uma cede, a outra escolhe. Essa escolha já não é por si uma imensa lisonja? Dotada de um saber quase sempre caramente pago por desgosto, dando-se, a mulher experiente parece dar mais que a si própria; enquanto a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar, ela aceita o amor e estuda-o. Uma instrui-nos, aconselha-nos numa idade em que se gosta de ser guiado, em que a obediência é um prazer; a outra tudo quer saber, e, onde esta se mostra apenas ingênua, mostra-se a outra profundamente terna. Aquela apresenta-nos um só triunfo, esta obriga-nos a combates perpétuos. A primeira só tem lágrimas e prazeres; a segunda, voluptuosidades e remorsos. Para que uma jovem seja a amante, deve estar demasiado corrompida, e então a abandonamos com horror; enquanto uma mulher possui mil meios de conservar ao mesmo tempo o poder e a dignidade. Uma, extremamente submissa, oferece-nos tristes garantias de repouso; a outra perde demasiado para não pedir ao amor as suas mil metamorfoses. Uma desonra-se apenas a si; a outra mata em proveito do amante uma família inteira. A jovem tem apenas uma vaidade e crê ter dito tudo, despindo o vestido; porém a mulher tem-nas em grande número e oculta-se sob mil véus; enfim, ela acaricia todas as vaidades, e a noviça apenas lisonjeia uma. Há, além disso, no amor da mulher de trinta anos, certas indecisões, terrores, receios, perturbações e tempestades o amor de uma jovem nunca pode oferecer. Chegando a essa idade, a mulher pede ao jovem que lhe restitua a estima que lhe sacrificou; só vive para ele, ocupa-se do seu futuro, deseja-lhe uma linda existência, torna-a até gloriosa; obedece, pede e ordena, abaixa-se e eleva-se e sabe consolar em mil ocasiões em que à jovem apenas é da do gemer. Enfim, além de todas as vantagens da sua posição, a mulher de trinta anos pode tornar-se jovem, representar todos os papéis, ser pudica e embelezar-se até com a própria desgraça. Entre ambas, encontra-se a diferença incomensurável do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de deixar de sê-lo, nada deve satisfazer.
Honoré de BalzacTags: balzaquianas
Durante a rápida estação em que a mulher permanece em flor, os caracteres da sua beleza servem admiravelmente bem à dissimulação à qual a sua fraqueza natural e as leis sociais a condenam. Sob o rico colorido do seu viçoso rosto, sob o fogo dos seus olhos, sob a fina textura das suas feições tão delicadas, com tantas linhas curvas ou retas, mas puras e perfeitamente determinadas, todas as suas comoções podem permanecer secretas: o rubor então nada revela, aumentando ainda mais cores já tão vivas; todos os focos interiores concordam tão bem com a luz desses olhos brilhantes de vida que a fugaz chama de um sofrimento aparece apenas como um encanto a mais. Por isso, na da há mais discreto do que um rosto juvenil, porque também não há nada mais imóvel. A fisionomia de uma jovem tem a serenidade, o polido, o frescor da superfície de um lago; a das mulheres só se revela aos trinta anos. Até essa idade, o pintor só lhes acha no rosto róseos e brancos sorrisos e expressões que repetem um mesmo pensamento, pensamento de mocidade e de amor, pensamento uniforme e sem profundidade; mas, na velhice, tudo na mulher fala, as paixões incrustaram-se-lhe no rosto; foi amante, esposa, mãe; as mais violentas expressões de alegria e de dor acabaram por alterar-lhe, torturar-lhe o rosto, formando aí mil rugas, tendo todas uma linguagem; e uma fronte de mulher torna-se, então, sublime pelo horror, bela pela melancolia, ou magnífica pela serenidade; se se permite desenvolver esta estranha metáfora, o lago seco deixa então ver todos os traços das torrentes que o produzi ram; uma fronte de mulher velha já então não pertence nem ao mundo, que, frívolo, se assusta de ver a destruição de todas as idéias de elegância a que está habituado, nem aos artistas vulgares, que nada descobrem por aí; mas, sim, aos verdadeiros poetas, àqueles que possuem o sentimento de uma beleza independente de todas as convenções sobre as quais repousam tantos preconceitos sobre a arte e a formosura.
Honoré de BalzacTags: balzaquianas
« first previous
Page 19 of 21.
next last »
Data privacy
Imprint
Contact
Diese Website verwendet Cookies, um Ihnen die bestmögliche Funktionalität bieten zu können.