Não tenho medo das palavras, mas calo-me.
Miguel de UnamunoPois o que sentira por sua mulher e a ela o cingia, via bem, agora que ela se fora, que se lhe chegou a confundir com o rotineiro da vida diária, que o respirara nas mil insignificâncias do viver doméstico, que lhe foi como o ar que se respira e pelo qual não se dá, mas sim nos momentos de angústia asfixia quando nos falta. (...) Aí compreendeu como o amor é mais forte que a vida e que a morte e domina o antagonismo destes; como o amor faz morrer a vida e viver a morte; como ele vivia agora a morte de sua Rosa e morria na sua própria vida.
Miguel de UnamunoPorque sua mulher vivia com o coração na mão e estendia este como oferta para o ar do mundo, entregue por completo ao momento presente, como vivem as rosas do campo e as rolas dos céus.
Miguel de Unamuno«Se desço ao meu coração, encontro cinzas e uma lareira extinta. O vulcão cumpriu seu incêndio e dele apenas restam o calor e a lava que se agitam à superfície, e, quando tudo se houver gelado e as coisas se houverem cumprido, nada mais restará - uma indefínivel lembrança como que de algo que pudesse ter sido e que não foi - a lembrança dos meios que deveriam ter sido empregues para a felicidade e que se deixaram perdidos na inércia dos desejõs titânicos escorraçados de dentro de nós, sem que tão-pouco tivessem podido chegar cá fora, que minaram a alma de esperanças, de ansiedades, de votos sem fruto... e depois nada», Mazzini era um desterrado, um desterrado da eternidade.
Miguel de UnamunoSerenado um pouco, abriu o livro e retomou a leitura. Esqueceu-se de si próprio por completo e bem podia então dizer que morrera. Sonhava no outro, ou melhor, o outro era um sonho que nele se sonhava, uma criatura da sua infinita solidão. Até que despertou com uma terrível pontada no peito. A personagem do livro acabara de lhe dizer de novo: «Devo repetir ao leitor que comigo morrerá.». E desta vez o efeito foi espantoso. O trágico leitor perdeu o conhecimento naquele seu leito de sofrimento espiritual; deixou de sonhar no outro e deixou de sonhar-se a si mesmo. E quando voltou a si, lançou fora o livro, apagou a luz e procurou adormecer, deixar de sonhar. Impossível! De quando em quando tinha de levantar-se para beber água; ocorreu-lhe que bebia no Sena, no espelho. «Estarei louco? - repetia -. Certamente que não, porque quando uma pessoa se pergunta se está louca é porque não está...». Levantou-se, pegou-lhe o fogo na lareira e queimou o livro, voltando em seguida a deitar-se. E conseguiu finalmente adormecer.
Miguel de Unamuno- ¿Pero ahora se le ocurre comprar perro, señorito?
- No lo he comprado, Domingo; este perro no es esclavo, sino que es libre; lo he encontrado.
- Vamos, si, es expósito.
- Todos somos expósitos, Domingo
Tags: orfeo
We men do nothing but lie and make ourselves important. Speech was invented for the purpose of magnifying all of our sensations and impressions — perhaps so that we could believe in them.
Miguel de UnamunoTo say that everything is idea or that everything is spirit, is the same as saying that everything is matter or that everything is energy, for if everything is idea or spirit, just as my consciousness is, it is not plain why the diamond should not endure for ever, if my consciousness, because it is idea or spirit, endures forever.
Miguel de UnamunoConsciousness (conscientia) is participated knowledge, is co-feeling, and co-feeling is com-passion. Love personalizes all that it loves. Only by personalizing it can we fall in love with an idea. And when love is so great and so vital, so strong and so overflowing, that it loves everything, then it personalizes everything and discovers that the total All, that the Universe, is also a person possessing a Consciousness, a Consciousness which in its turn suffers, pities, and loves, and therefore is consciousness. And this Consciousness of the Universe, which a love, personalizing all that it loves, discovers, is what we call God.
Miguel de UnamunoYes, yes, I see it all! — an enormous social activity, a mighty civilization, a profuseness of science, of art, of industry, of morality, and afterwords, when we have filled the world with industrial marvels, with great factories, with roads, museums and libraries, we shall fall exhausted at the foot of it all, and it will subsist — for whom? Was man made for science or was science made for man?
Miguel de Unamuno« first previous
Page 3 of 7.
next last »
Data privacy
Imprint
Contact
Diese Website verwendet Cookies, um Ihnen die bestmögliche Funktionalität bieten zu können.