Quando lessi gli Ossi di seppia e Le occasioni capii che quello sarebbe stato un innamoramento di tutta la vita, che ne avrei avuto bisogno da giovane, da adulto, da vecchio, qualunque mestiere avessi fatto, qualunque cosa avessi pensato e qualunque fatto mi fosse accaduto.
Eugenio ScalfariSó esta liberdade nos concedem
Os deuses: submetermo-nos
Ao seu domínio por vontade nossa.
Mais vale assim fazermos
Porque só na ilusão da liberdade
A liberdade existe.
Tags: poesia filosofia liberdade
Inutilmente parecemos grandes.
Salvo nós nada pelo mundo fora
Nos saúda a grandeza
Nem sem querer nos serve.
Tags: poesia
Acima da verdade estão os deuses.
A nossa ciência é falhada cópia
Da certeza com que eles
Sabem que há o Universo.
Tags: poesia
Que importa àquele que já nada importa
Que o um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a primavera
Aparecem as folhas
E com o outono cessam?
Tags: poesia epicurismo
Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da húmida terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, 'státuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, porque não elas?
Somos contos contando contos, nada.
Tags: poesia
Mai in vita mia
Dimenticherò la tua presenza.
Tu mi hai presa quando ero spezzata
E mi hai riparata
Su questa terra troppo piccola
Dove potrei mai voltare il mio sguardo?
Così immenso, così profondo!
Non c'è più tempo. Non c'è più nulla. Distanza. C'è soltanto la realtà.
Quello che è stato, è stato per sempre.
Tags: poesia amore fine distacco
Un giorno, quando ne avremo il tempo penseremo i pensieri di tutti i pensatori di tutti i tempi guarderemo tutti i quadri di tutti i maestri rideremo con tutti i burloni faremo la corte a tutte le donne istruiremo tutti gli uomini
Bertolt BrechtTags: poesia
So come sei con me.
Di là da quella soglia, come sei?
Tags: poesia
Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco foram se
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo manchas, graça, voo.
O gato
só gato
apareceu completo
e orgulhoso
nasceu completamente terminado,
caminha sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente queria ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para ser andorinha,
o poeta tenta imitar a mosca,
mas o gato só quer ser gato
e todo gato é gato
do bigode até o rabo,
do pressentimento ao rato vivo,
da noite até seus olhos de ouro.
Não existe unidade
como ele,
nem têm a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linhade seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para pôr as moedas da noite.
Ó pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
farejando,
desconfiado
de tudo que é terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Ó fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso,
ginástico,
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
das moradas,
talvez não sejas mistério,
todo mundo sabe-te e pertences
ao habitante menos misterioso,
talvez todos o creiam,
todos se creiam donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
de seu gato.
Eu não.
Eu não concordo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com seus extravios,
o mais e o menos da matemática,
os funis vilcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro, o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou em sua indiferença,
seus olhos têm números de ouro.
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